DOENÇAS DO APARELHO DIGESTIVO
As doenças do aparelho digestivo geralmente, estão relacionadas a alguns hábitos adquiridos ao longo da vida. Alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo, estresse, entre vários outros problemas, são responsáveis por muitos transtornos. Portanto, a prevenção é a melhor maneira de diminuir os índices de complicações na saúde digestiva.
A pancreatite se manifesta, classicamente, com quadro de dor intensa, súbita e persistente na região epigástrica, muitas vezes descrita “em faixa” no abdome superior (quadrante direito ou esquerdo), podendo ou não irradiar para o dorso.
- Além disso, outros sintomas que podem estar associados à dor abdominal:
- Náuseas e vômitos;
- Febre/sudorese;
- Aumento da pressão arterial;
- Queda do estado geral.
O diagnóstico de pancreatite aguda compreende suspeita clínica compatível com a doença (sinais e sintomas citados, aliados à dados colhidos na anamnese como história de etilismo e quadro característico de litíase biliar) associada à alterações laboratoriais e/ou de imagens.
A Síndrome do Intestino Irritável geralmente é classificada como um distúrbio funcional, pois prejudica o funcionamento das atividades normais do organismo como, por exemplo, o movimento do intestino, a sensibilidade dos nervos intestinais ou o modo como o cérebro controla algumas dessas funções.
Porém, embora o funcionamento normal esteja afetado, não há anormalidades estruturais que possam ser descobertas através de um endoscópio (um tubo flexível para visualização), radiografias, biópsias ou exames de sangue. Assim, a SII é identificada pelas características dos sintomas e por resultados normais de testes, quando realizados.
A causa da síndrome do intestino irritável é desconhecida. Em muitas pessoas com SII, o trato digestivo é especialmente sensível a vários estímulos. A pessoa pode sentir desconforto causado por gases ou contrações intestinais que não incomodam outras pessoas.
O tratamento clínico do refluxo é útil no controle dos sintomas; no entanto, o grande problema é manter os pacientes assintomáticos ao longo do tempo. São administrados medicamentos que fazem o controle da produção de suco gástrico e melhoram a motilidade do estômago. Assim, a digestão acontece de uma forma mais fácil.
Também é recomendado fazer uma mudança na dieta, evitando algumas substâncias e alimentos, preferindo porções menores mais vezes ao dia, com aumento do intervalo entre o jantar e o deitar, e deitar com aumento da cabeceira.
Já o tratamento cirúrgico é indicado para pacientes que apresentam complicações, como úlcera e o esôfago de Barret. Também para aqueles que apresentam refluxo há muito tempo, com uma intensidade maior ou sintomas muito frequentes e que não conseguem ficar sem medicação. Às vezes, as medidas antirrefluxo e os medicamentos não são suficientes para controlar o refluxo e a cirurgia pode ser uma opção em casos selecionados.
A cirurgia para pedra na vesícula é sempre recomendada, tanto nos pacientes sintomáticos ou que já tiveram alguma complicação relacionada aos cálculos e também nos pacientes assintomáticos, pelo risco de complicações como infecção da vesícula e pancreatite aguda.
✔️Quando começam as surgir sintomas como dor intensa e vômitos, sobretudo após a alimentação, é preciso ir urgente ao seu médico para realizar o diagnóstico. Se a vesícula estiver com sério problema inflamatório chamado de colecistite, a cirurgia é indicada imediatamente.
⚠️Se não houver atendimento imediato o quadro pode se agravar e até mesmo levar a morte do paciente.
⚠️Outras complicações como a coledocolitíase (pedra no canal biliar principal, entre o fígado e o intestino), a colangite (infecção nas vias biliares) e a pancreatite podem ocorrer em virtude da pedra na vesícula.
A obstrução intestinal ocorre quando há um bloqueio parcial, nesse caso chamamos de sub-oclusão, ou total em alguma região do intestino delgado ou intestino grosso.
Os alimentos e os líquidos produzidos pelo estômago, fígado e pâncreas ( suco gástrico, bile e enzimas digestivas ) descem pelo instestino delgado e intestino grosso em direção ao ânus, se acontece um bloqueio em qualquer região do intestino e dificulta a passagem desses líquidos, eles vão se acumulando e causando sintomas como distensão abdominal, náuseas, refluxo, soluço, vômitos e prisão de ventre.
As principais causas de obstrução intestinal são aderências, tumores, hérnias e diverticulite. Dependendo do diagnóstico e estado do paciente o tratamento pode ser clínico ; com uso de hidratação, sonda nasogástrica e medicações ou cirúrgico seja por via laparoscópica ou cirurgia aberta.
Divertículos são pequenos sacos que se projetam para fora da parede do intestino grosso. A presença de vários divertículos é chamada de diverticulose. É freqüente em pessoas acima de 60 anos. Caso algum dos divertículos inflame ou infeccione, o quadro é chamado de diverticulite. Isto acontece em cerca de 10 a 25% dos portadores de divertículos. Diverticulose e diverticulite também são chamados de doença diverticular do cólon.
O revestimento do estômago normalmente se protege de ser ferido pelo ácido e sucos digestivos. Se esta camada protetora se quebra, os ácidos do estômago podem danificar as paredes do estômago e provocar uma úlcera.
A úlcera gástrica pode causar náuseas, vômitos e distensão abdominal. Os sintomas podem variar desde uma intensidade leve até uma intensidade mais intensa.
Os sintomas podem incluir:
- queimação ou dor abdominal, especialmente na parte superior do abdome
- náuseas e vômitos
- dor que você acorda durante a noite
- perda de peso
Úlceras podem piorar se não forem tratadas. Elas podem causar perfuração do órgão e até sangramento
A mucosa do estômago é composta por um tecido resistente à acidez intensa, fato que faz todo sentido, uma vez que o material contido no estômago apresenta pH extremamente baixo (ácido).
A gastrite surge quando esse revestimento fica inflamado, seja por alguma infecção, uso de medicamentos ou por substâncias agressoras, como o cigarro ou álcool.
A gastrite pode ser aguda, quando se desenvolve rapidamente, ou crônica, quando a inflamação se instala lentamente e persiste por vários meses. A primeira é normalmente causada por álcool, medicamentos e intoxicações alimentares. Já a segunda costuma ter como causa a bactéria H.pylori.
As gastrites se não tratadas podem evoluir com erosões da mucosa do estômago, levando a formação das úlceras.